Cortina Atirantada

A cortina atirantada é uma estrutura de contenção ATIVA (caracterizada pela sua Protensão), utilizada para conter subsolos, taludes e encostas, sendo estruturas de concreto armado que trabalham conjuntamente com tirantes protendidos (constituídos por cordoalhas ou monobarras).

A cortina atirantada compreende uma parede de concreto armado, com espessuras variadas de 20 a 50cm, dimensionada para suportar as cargas protendidas nos tirantes. Essa estrutura suporta os deslocamentos do terreno.

Essa estrutura de contenção, através do concreto e aço protendido, permitem a transmissão dos esforços da superfície do maciço para o interior do mesmo.

​Os tirantes podem ser provisórios ou definitivo. Em casos em que o mesmo é utilizado como forma definitiva, deve ser feito o tratamento anticorrosivo do mesmo.

Método Construtivo

Perfuração

A perfuração é feita através de máquinas perfuratrizes, tendo os furos para os tirantes inclinação sempre abaixo da horizontal, variando de 5 a 40 graus, os ângulos e profundidades são previamente estabelecidos em projeto. A cavidade perfurada deve permanece estável até a injeção no cimento ser concluída, se for utilizado lamas estabilizantes, deve- se atentar para que não provoque prejuízo lateral. 

Para auxílio da perfuração e limpeza do furo pode se utilizar água, ar ou lama como fluido. Na maioria dos casos os tirantes são moldados no local, através da perfuração e fixação de armação com calda de cimento. 

Instalação dos tirantes

Após a perfuração é realizada a instalação dos tirantes, podendo ser cordoalhas ou monobarras.

Dispositivos centralizadores são utilizados para garantir o cobrimento adequado com a calda de cimento. Ao longo do tirante, são utilizadas barras de PVC, por onde corre a calda de cimento para preenchimento do furo sob pressão, inclusive para as injeções sob pressão.

Injeção da nata de cimento

A injeção do tirante é realizada em fazes e utilizando cimento. Geralmente emprega-se calda com alto teor de cimento para solos e resinas para materiais rochosos.

Na primeira fase, denominada bainha, é feito o preenchimento do furo para a recomposição da cavidade escavada e introdução da barra. Também pode ser feito o preenchimento do furo com a calda de cimento, e instalação da barra. Através de uma tubulação apoiada na parte inferior é feito a injeção da nata de cimento de baixo para cima. A injeção por fases é feita pelo PVC instalado juntamente com a barra de aço, e realizada em várias fases, medindo-se pressão e volume injetado.

Geralmente na extremidade superior da armação é deixado 1,5 metros excedentes de cordoalha ou barra, para facilitar a Protensão.

Protensão dos tirantes

Com o uso de um cilindro e uma unidade hidráulica, é aplicada uma força de tração no conjunto (cordoalha ou monobarra), com a carga pré-definida em projeto, sendo o esforço transferido para o bulbo através do trecho livre.

Após a aplicação dessa força, as cordoalhas são cravadas com a utilização do bloco e clavete. 

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